sexta-feira, 19 de junho de 2009

Op Art

A Estética Op Art surgiu e se desenvolveu ao mesmo tempo na década de 60 nos Estados Unidos e na Europa. Op Art, abreviação de optical art, defendia para a arte "menos expressão e mais visualização", apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.

Bridget Riley

A Op Art explora o olho humano na medida em que suas obras criam uma ilusão de ótica, criando imagens que parecem deformar, vibrar, piscar e pulsar diante do olho do observador. Para isso os artistas usavam formas geométricas e elementos gráficos como listras que sobrepõem, curvas onduladas, quadrados, discos concêntricos e triângulos, que combinados criam um movimento e um estímulo gráfico, dando idéia de interação entre os objetos e o fundo.

Victor Vasarely

A cor também é outra ferramenta utilizada pelos artistas da Op Art para dar dinamismo às obras. O preto e branco são as cores mais usadas na Op Art, mas também podem ser encontradas obras coloridas. Cores que provocam grandes contrastes, além de diferentes níveis de iluminação, explorando a criação de formas virtuais.

Rapidamente a Op Art caiu no gosto popular, a medida que estampas geometricas virou moda nos anos 60, quando o confeccionista americano Larry Aldrich encomendou ao desenhista têxtil Julian Tomchin uma coleção de estamparia inspirada nas pinturas Op da inglesa Bridget Riley, a partir daí cópias baratas das estampas foram feitas e espalhadas em blusas, vestidos e saias, o que acabou vulgarizando as obras.

Principais artistas da Op Art

Victor Vasarely

O termo Op Art surgiu pela primeira vez na Time Magazine em Outubro de 1964, embora já se produzissem há alguns anos trabalhos com a mesma estética. Sugeriu-se que trabalhos de Victor Vasarely, dos anos 30, tais como Zebra, composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem ser consideradas as primeiras obras de op art.

Obra de Vasarely no exterior de um museu em Pécs


Bridget Riley

A artista britânica tem papel de destaque à Op Art. Em meados dos anos 60 ao utilizar cores nos seus trabalhos revolucionou o movimento Op Art ao introduzir uma técnica, denominada “Moiré”, através da qual cria um espaço móvel que produz um efeito semelhante a de um estalido de chicote.


Richard Anusziewicz

Yaacov Agam

Em 1965, foi organizada a primeira exposição da Op-art no Museu de Arte Moderna de Nova York: The Responsive Eye (O Olho que Responde). Além de Victor Vasarely, expuseram suas obras: Richard Anusziewicz, Bridget Riley, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry Poons.

A Op Art quase caiu no esquecimento após seu período de destaque nos anos 60, talvez pelo fato de ser uma arte vazia que não desperta sentimentos nas pessoas, estando mais próxima da ciência do que do homem em si, diferente, por exemplo, da pop art que traduz sua época através de símbolos.



Inspirando Moda


Alguns estilistas usaram a estética op como inspiração criando estampas e shapes utilizando a geometria e a ilusão de ótica.


A Op Art influenciou a moda no final da década de 60. Essa influência aparece nas estampas geométricas e cores vibrantes dos vestidos, como os registrados na foto acima, de Gosta Peterson.

O estilista brasileiro Mário Queiroz apresentou sua coleção Primavera/Verão 2009 inspirada nas obras de arte do venezuelano Jesus Rafael Soto, Mário criou em cima de linhas e desejos geométricos.



Pierre Cardin - Spring 2009




Sachio Kawachi

Um comentário:

  1. Muito perfeito *-*
    adorei esse post e quero conhecer mais do blog =)

    ResponderExcluir

Related Posts with Thumbnails