quarta-feira, 13 de maio de 2009

Era uma vez um corpo...

A revista mag! no13, traz como tema a CRENÇA. E que crença temos em nosso corpo nos dias de hoje? Amanda Lepore abre a reportagem dizendo: "Há sempre uma cirurgia nova para mostrar". Se éramos inseguros com nossa aparência a 100 anos atrás, hoje com toda esta maquiagem e manipulação das imagens não há quem não tenha incertezas com relação à alguma parte de seu corpo.

Cada cultura nos impõe certos padrões, sejam eles de tatuar o corpo, deformar os pezinhos ou colocar anéis no pescoço ao longo da vida. E hoje nós podemos sim esquecer de certos "defeitos" e após uma cirurgia ter uma nova vida. O que seria da americana Connie Culp se a medicina não estivesse tão avançada?

Mas será que após a primeira tatuagem você se sente satisfeito? E após a primeira plástica, as necessidades foram supridas? Tentamos de alguma forma nos enquadrar e criar uma identidade que nos insira em algum grupo, mas com a velocidade das informações, mudamos de opinião e gostos como se muda de roupa. Nosso corpo vira apenas uma "boa base" que com muito trabalho e esforço se constrói o corpo perfeito.

2 comentários:

  1. De fato é isso. Não precisamos mais aceitar o corpo com o qual chegamos ao mundo. Podemos modificá-lo profundamente e inteiramente. Mas tal procedimento faz cambiar não só uma aparência, mas também toda uma idéia de identidade, na qual deixamos o velho "eu" para assumir uma nova crise identitária, pois as cirurgias plásticas na maioria das vezes são invocadas pelas pessoas que se consideram fora do padrão de beleza estabelecido por certa cultura, como uma falsa resolução para problemas de outra ordem.

    O indivíduo social quer fazer parte de um grupo, e para isso vale até transfigurar o corpo em nova aparência, mas existem certas coisas, depositadas bem lá no fundo deste sujeito, que não podem ser modificadas tão facilmente, não podemos separar corpo e mente. Posso ter meu nariz afinado, minha cabeleira bem volumosa, ter uma aparência bela e sedutora e tentar jamais envelhecer, e mesmo assim ser uma pessoa solitária, triste e com relações tão artificiais equivalente a este corpo transfigurado.

    A questão aqui não é contra uma modificação corpórea, pois o corpo na contemporaneidade "in natura", não nos basta, é obsoleto e parece precisar ser atualizado. Porque só nos é permitido adicionar a prótese de um braço ou perna se perdermos um desses membros?? Porque não podemos ter um 3º ou 4º braço ou mais um par de pernas??? (STELARC)
    O que percebo é a banalização e pausterização destes procedimentos, entendidos como solução definitiva para todos os probelmas, assim como quase tudo na cultura de massa. Algumas coisas lançadas na massa são inofensivas e práticas, como uma aspirina, mas outras são de tarja preta, é preciso ler a bula antes de decidir tomar.

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  2. olá meninas!
    está muito bacana o blog de vocês!
    acabamos de começar o nosso... em breve começaremos a postar.
    assim que eu me familiarizar melhor com todo o mecanismo, vou linkar vcs! beijo :*

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